Série do Fazer Manual: brincando e criando

Série do Fazer Manual: brincando e criando

As férias estão chegando: momentos de relaxar, viajar e brincar! Independentemente de ter filhos, sobrinhos ou irmãos, julho traz a alegria e leveza das crianças, estejam elas dentro ou fora de você. Por isso, o post da Série do Fazer Manual apresenta, este mês, alguns brinquedos divertidos de fazer.

Brinquedos feitos à mão

Mais interessante do que aproveitar um brinquedo pronto é se divertir e participar de todo o seu processo de criação, a brincadeira começa logo na escolha dos materiais e da nossa imaginação. Separamos algumas ideias para você experimentar o fazer manual de forma lúdica, seja com a sua criança interior ou com a colaboração de outras crianças.

1. Balangandãs

Esse objeto tem origem africana e em seu formato tradicional era usado como amuleto. Composto por vários cordões e elementos pendentes, o balangandã recebeu esse nome pelo som que faz ao ser movimentado. Com base nesse item cultural, surgiu o brinquedo de mesmo nome, em que se prendem várias fitas a um ponto central mais pesado. Ao girá-lo, por meio de uma corda, o efeito visual atrai e diverte. É possível usá-lo em danças, expressões corporais, atividades físicas etc.

Materiais:

  • Papel crepom
  • Jornal ou revista velho
  • Cola
  • Fita adesiva
  • Barbante

Como fazer:

Primeiro, corte tiras de papel crepom colorido. A seguir, dobre algumas folhas de revista ou de jornal (dobre pelo lado maior, na horizontal), até ficar uma tira de uns 4 ou 5 cm. Depois, dobre na vertical, pela parte de cima e de baixo, até chegar no meio. Cole as fitas de papel crepom no jornal, com cola, fita adesiva ou mesmo um grampo. Se as fitas estiverem muito longas, dobre-as ao meio antes de prendê-las. Dobre o jornal novamente, juntando as tiras. Amarre o jornal com um barbante, deixando um pedaço longo, que servirá para girar o brinquedo.

Você pode revestir o jornal com uma cartolina ou papel colorido e usar a criatividade na decoração dessa parte central. Também é possível usar outros materiais, como fitas de cetim, tubo de papel higiênico em vez de jornais, entre outros.

 

2. Pipas

Um ótimo motivo para sair de casa e olhar para o céu, no inverno  o vento é contínuo e bom. A pipa existe há muito tempo e já foi usada para comunicação, sinalização, devoção e diversão. Existem várias técnicas para construir uma pipa, já que há diversos tipos dela. Apresentamos aqui um método simples, mas sempre vale a pena explorar e se arriscar com outras ideias também!

Material:

  • Papel de seda colorido
  • Duas varetas de bambu
  • Fita adesiva colorida,
  • Tesoura
  • Linha n.º 10
  • Papel crepom ou seda (para a rabiola)

Como fazer:

Recorte o papel de seda em formato quadrado. Cole uma das varetas na diagonal e a outra na horizontal, formando uma cruz. A da horizontal ficará curvada. Faça dois furos no ponto onde as varetas se encontram e passe a linha por eles, dando um nó, mas sem cortar a linha, pois você a usará para controlar sua pipa. Por último, você pode fazer uma rabiola com tiras de papel crepom em uma linha e, a seguir, prendê-la na parte inferior da vareta.

3. Origami

Essa arte japonesa de criar formas e objetos com dobraduras geométricas de papel é uma excelente maneira de se divertir, concentrar e inventar. Existem muitos tutoriais e diversas opções para experimentar. Use papéis coloridos e até mesmo estampados. Você também pode reaproveitar pedaços de papel usados e ressignificá-los.

Material:

  • Papel

Cabeça de cachorro

Para isso, é necessário um pedaço de papel quadrado de qualquer tamanho. Siga as dobraduras de acordo com a imagem e finalize com os detalhes do rosto com tinta ou canetinha.

 

Rosa

Um pedaço de papel será para o caule e outro para a rosa. Faças as dobraduras de acordo com a imagem e, se desejar, use um palito para firmar a flor.

4. Tear de papelão

Um tear é uma ferramenta usada para tecelagem. Ele facilita o entrelace dos fios, permitindo criar diferentes peças como tapetes, toalhas de mesa, bolsas etc. Existem diversos tipos de tear, porém, é possível fazer um você mesmo apenas com papelão.

Materiais:

  • Papelão
  • Tesoura
  • Barbante

Como fazer:

Corte um pedaço de papelão retangular maior e outro menor (cerca de 1/4 do tamanho do maior). Coloque o papelão na vertical e faça alguns picotes com a tesoura (em distâncias iguais) em uma de suas extremidades. Repita o mesmo para a outra ponta, fazendo os recortes paralelos, ou seja, seguindo a mesma distância. A base do tear está pronta.

Agora, pegue o barbante, faça um nó e prenda a ponta no primeiro picote do papelão, esticando-o em linha reta até o recorte do outro lado. Prenda o barbante (passe por trás do picote e volte pela frente) e continue passando em cada um dos recortes. Quando acabar, corte o barbante e dê um nó, prendendo-o ao último picote.

Pegue o pedaço menor de papelão e corte uma das pontas em formato de flecha. Faça um furo no meio, que é por onde você irá passar o barbante depois. Esse pedaço servirá como uma “agulha”, que facilitará o movimento do barbante.

Corte um pedaço longo de barbante. Faça um picote em uma das laterais, próximo a uma das extremidades e prenda uma das pontas do barbante (dê um nó para que ele fique fixo). Passe a outra ponta pelo furo do pedaço menor de papelão. Agora, basta usar a “agulha” para passar o barbante por cima e por baixo dos barbantes que estão fixos e começar a criar sua peça.

Com essas ideias, você pode criar e estimular as crianças a conhecer várias formas do fazer manual, mostrando que todo o processo pode fazer parte da brincadeira.

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ARTESANAL - MANIFESTO

As mãos como ponte dos afetos de dentro para fora
dão forma ao pensamento, à singular expressão.

O artesanal mobiliza o que há de mais humano em nós:
imaginar, criar e fazer,
dar sentido às emoções, memórias, relações,
dar formas, cores, sabores, funções,
dar movimento e beleza.

Nosso ativismo artesanal acontece no “fazendo”:
no olhar sobre e para o mundo,
na escolha de como consumimos e ocupamos o mundo,
na valorização do pequeno, do local e do autoral,
no manejo do corpo com as ferramentas e os materiais,
no aprendizado com o erro, a repetição e o tempo do fazer,
no contato com a natureza e nossas raízes artesãs.

É no “fazendo” que nos colocamos
corajosamente em atrito com o nosso fazer;
é no “fazendo” que transformamos
as coisas, a nós mesmos e o mundo para,
aos poucos,
reacender a sabedoria que está dentro de nós,
de cada um de nós,
de nossa ancestralidade e
do que queremos criar com sentido neste mundo.

Por um mundo feito à mão, um mundo feito por nós!