O fazer junto
Paula Dib, nossa convidada para este programa, conta que o fazer em sua vida vem de seu desafio primordial, um lugar onde o fazer te convida a desafios e descobertas. Durante a faculdade, Paula inicia seus fazeres por meio da argila e com o caminhar, dentro do trabalho com os artesãos, encontra o sentido do fazer, de criar e colocar coisas no mundo com história, significado.
A vivência em uma comunidade de pescadores encanta o seu olhar para o mundo e junto com as comunidades propõe caminhos do fazer e por ai segue seu caminho profissional.
Nas experiências junto às comunidades, vai sentindo as necessidades, os tempos de cada um, do local, o ritmo do lugar, a prosa… O grande aprendizado… perceber a sintonia com o tempo de cada lugar, uma das belezas que o Brasil nos mostra.
Buscar o tempo do fazer manual é muitas vezes o que precisamos. Não tem como fazer manual em escala. Não existe o tempo da indústria fazendo a mão. O fazer manual pede presença, tem alma, a relação com o produto muda.
O consumidor tem a energia na mão ao comprar um produto. Consumir direto do produtor é colocar energia em algo vivo, histórias, em quem faz. Onde escolhemos colocar a nossa energia? O que vamos fazer girar com a nossa energia?! Uma forma de desacelerar o mundo… uma revolução silenciosa.
A Revolução Artesanal olha para este processo do fazer e para a transformação que ela causa. Uma revolução interna e conexão com a essência humana: criação, autoria, responsabilidade, significado, os impacto causamos, nossas escolhas. Que relações nosso fazer constrói!?
Quem compra se conecta com a história daquele produto/produtor e quem faz/vende se conecta com todas aquelas histórias de todos aqueles que levaram os produtos. A partir de um movimento quantos outros movimentos acontecem.
Conta pra gente o que pensa sobre estas conversas. Vamos adorar te ouvi!