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Ocupação Afetiva USJ

Ocupação Afetiva São Judas é uma ação em parceria com a Revolução Artesanal, movimento que valoriza a cultura do fazer manual e artesanal com o olhar sensível ao processo como  um todo e sua relação com o ser e a sociedade.

Durante três semanas a Ocupação Afetiva ofereceu oficinas do fazer manual para os alunos da USJ nas unidades Butantã e Mooca. Ao todo 11 técnicas manuais que utilizaram diversos materiais: tecidos, tingimento natural, impressão botânica, estêncil. Diferentes tipos e espessuras de fios com as técnicas de crochê, tear circular, tricô de braço, macramê, feltragem. A xilogravura e suas gravações. a marcenaria e esculturas em arame também se apresentaram em técnica e expressão. Em cada uma das oficinas, os estudantes deixaram suas marcas, expressões individuais e coletivas e, principalmente, seus pensamentos e sentimentos afetivos em relação ao seu tempo de ocupação, dedicação, escolhas durante o percurso de seus estudos, curso e no espaço da universidade.

Ao final, as boas energias impressas, trançadas e tricotadas nas peças e materiais criados pelos alunos durante as oficinas realizaram uma grande instalação, onde todos os alunos foram autores de uma grande Obra Coletiva que permaneceu exposta no saguão das unidades Butantã e Mooca da USJ

ARTESANAL - MANIFESTO

As mãos como ponte dos afetos de dentro para fora
dão forma ao pensamento, à singular expressão.

O artesanal mobiliza o que há de mais humano em nós:
imaginar, criar e fazer,
dar sentido às emoções, memórias, relações,
dar formas, cores, sabores, funções,
dar movimento e beleza.

Nosso ativismo artesanal acontece no “fazendo”:
no olhar sobre e para o mundo,
na escolha de como consumimos e ocupamos o mundo,
na valorização do pequeno, do local e do autoral,
no manejo do corpo com as ferramentas e os materiais,
no aprendizado com o erro, a repetição e o tempo do fazer,
no contato com a natureza e nossas raízes artesãs.

É no “fazendo” que nos colocamos
corajosamente em atrito com o nosso fazer;
é no “fazendo” que transformamos
as coisas, a nós mesmos e o mundo para,
aos poucos,
reacender a sabedoria que está dentro de nós,
de cada um de nós,
de nossa ancestralidade e
do que queremos criar com sentido neste mundo.

Por um mundo feito à mão, um mundo feito por nós!