Um ativismo à beleza

Todos os dias nos relacionamos com coisas, objetos, elementos, cenas que muitas vezes nos passam despercebidos. Mas quando atentos, podemos reconhecer a beleza desse algo mundano, transformá-lo em poesia. Em meio a tempos desafiadores como estes, o que temos feito para, ativamente, nos encantarmos em nosso caminhar?

Desta vez nosso convite é que as cenas de nosso dia a dia contem sobre o nosso fazer artesanal e que um cenário poético cheio de sentido, possa existir.

Um olhar para despertar essa nossa habilidade – tão humana – de criar, produzir, fazer e viver poeticamente. Ou seja, sentir, se emocionar e ver o belo em relação ao que cada um vive e faz.

“Uma chamada criativa e colaborativa de cenas
– imagens + textos – de nossos fazeres
em processo no mundo.”
Como: Observe o seu fazer, que cenas ele cria? Onde está a beleza?
Veja a beleza, a poesia que se mostra nesta cena. Fotografe, registre, relate, escreva sobre esta cena, preencha o formulário e envie para nós.
Em seguida, faremos uma curadoria com as principais cenas poéticas e vamos compor uma publicação em nosso site.

Participe!

Envie quantas imagens desejar.
Até 10 de maio/2021 estaremos recebendo os materiais.

Este é nosso memorial poético deste 2021.

ARTESANAL - MANIFESTO

As mãos como ponte dos afetos de dentro para fora
dão forma ao pensamento, à singular expressão.

O artesanal mobiliza o que há de mais humano em nós:
imaginar, criar e fazer,
dar sentido às emoções, memórias, relações,
dar formas, cores, sabores, funções,
dar movimento e beleza.

Nosso ativismo artesanal acontece no “fazendo”:
no olhar sobre e para o mundo,
na escolha de como consumimos e ocupamos o mundo,
na valorização do pequeno, do local e do autoral,
no manejo do corpo com as ferramentas e os materiais,
no aprendizado com o erro, a repetição e o tempo do fazer,
no contato com a natureza e nossas raízes artesãs.

É no “fazendo” que nos colocamos
corajosamente em atrito com o nosso fazer;
é no “fazendo” que transformamos
as coisas, a nós mesmos e o mundo para,
aos poucos,
reacender a sabedoria que está dentro de nós,
de cada um de nós,
de nossa ancestralidade e
do que queremos criar com sentido neste mundo.

Por um mundo feito à mão, um mundo feito por nós!