Um olhar para 2019… agradecer e celebrar!

Um ano que começa com grandes movimentos e preparações e cheio de surpresas que estariam por vir.

O Caminho do Autor nos presentei com três caminhantes. Quantas trocas, quantos aprendizados… “Começamos a enxergar a qualidade dos fazeres: fazeres com e sem sentido, pois, como artesãos de nós mesmos/as que somos passamos a buscar caminhos que promovam sentido – sentido esse que nasce da presença, da atenção, do que tem afeto humano, do olhar para si e para o que acontece, da consciência”.

Em junho, em uma grande casa, celebramos o fazer manual no Festival do Fazer – um mundo feito à mão! Momentos de muitas experiências, criações e entregas neste universo de um mundo feito por nós, com as nossas mãos. Cada edição do festival constrói momentos únicos, individuais e coletivos, relacionados ao fazer manual e à consciência de viver o presente. Muitos encontros, parcerias, amigos, oficineiros, oficinas, fazedores, vivências, conversas, show. Celebramos cada um/a, cada momento.

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Na Amazônia, nossa casinha laboratório ficou pronta e a segunda edição do Laboratório de Cores da Floresta aconteceu. Durante o semestre, muitos preparativos para ir ao encontro da floresta com seu povo, seus seres encantados, suas cores, sua magia. Por uma semana vivemos a floresta e vimos o processo artesanal em que as cores nascem, que surgem de onde há vida e que dialogam com a vida. Fizeram parte do grupo as pessoas que deveriam estar lá naquele momento… tudo muito especial!

   

No segundo semestre, tudo junto e separado, os projetos caminharam. Cada um com seu pedido e olhar atento para sua diversidade.

A Estação Fazer do Dia sem Pressa foi um momento de desacelerar e experimentar o universo do fazer manual com as vivências criativas do bordado e estamparia manual com estêncil, um momento de praticar o olhar e refletir para o que a cidade sem pressa pede nós.

 

O Coletivo Viva Goethe nos instigou e nos sentimos chamados a fazer e provocar reflexão por meio do fazer manual… e assim, a proposta foi uma vivência artesanal inspirada nos pensamentos de Goethe. “Escavar a sombra, dando forma à luz”… sim, por meio do fenômeno da gravura, uma vivência de xilogravura matriz perdida nos movimentou entre o todo e parte; criador e criatura; luz e sombra; tempo e espaço; forma e movimento…

A Universidade São Judas Tadeu lança o desafio e com nossas mãos agarramos… fazer uma Revolução Artesanal dentro da universidade. Assim nasce a Ocupação Afetiva USJT, um convite aos alunos, por meio do fazer manual, expressarem sua empatia, sentimento, sentido deste local que estudam.

Por três semanas, diversas oficinas do fazer manual ofereceram aos alunos a oportunidade de se expressarem por meio das texturas, cores, fios, superfícies. Estimulados por um oficineiro, eles foram convidados a deixarem suas marcas e expressões individuais e coletivas, para ao final, todo material gerado, ser utilizados em uma instalação nos pátios de entrada dos campi Mooca e Butantã, uma verdadeira revolução artesanal dentro da USJT.

“Assim nasce um modo inovador de ocupação, que preenche espaços externos e internos a partir da abertura aos afetos e do protagonismo do fazer com as próprias mãos. Ocupa lugares e o tempo com afetos, ocupa-nos com nossa humanidade, menos com o utilitarismo e mais com o sentido do nosso fazer. Uma ocupação para tomar posse da própria potência, para cuidar de si como forma de dar conta do que manifestamos em nós e no mundo”.

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Chegado o momento de falar sobre nossas raízes, e assim, desenhamos o Mini Festival do Fazer – Raízes Artesãs. Surge a terra como elemento motivador desse Mini Festival e as Raízes como elemento símbolo que somos nós seres humanos, seres criativos e em relação com a natureza. Um dia leve do fazer, de dialogar, encontrar, alimentar-se, trocar, aprender, criar, celebrar o fazer manual e o artesão que somos de nós mesmos.

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Para fechar o ano, e celebrar tudo isso, lançamos nossa primeira publicação Revista #1 Revolução ArtesanalExpandir o Fazer e Celebrar o Feito. Com uma curadoria de conteúdos, costuramos artigos que trazem narrativas do nosso ativismo artesanal, e que também convidam você a acender sua revolução interna, a do seu potencial singular e humano.
Para fazer o download é só acessar o link http://bit.ly/revolucaoartesanaled1

E assim, com muita alegria vamos fechando este ano intenso e desafiador, cheio de histórias, descobertas, aprendizados, um ano feito a muitas mãos. Queremos agradecer cada ser humano, artesão de si, que esteve por perto e celebrar com muitas mãos fazedores que desejam fazer deste mundo, um mundo feito á mão, feito por todos nós.

Boas Festas e até breve, em 2020!

ARTESANAL - MANIFESTO

As mãos como ponte dos afetos de dentro para fora
dão forma ao pensamento, à singular expressão.

O artesanal mobiliza o que há de mais humano em nós:
imaginar, criar e fazer,
dar sentido às emoções, memórias, relações,
dar formas, cores, sabores, funções,
dar movimento e beleza.

Nosso ativismo artesanal acontece no “fazendo”:
no olhar sobre e para o mundo,
na escolha de como consumimos e ocupamos o mundo,
na valorização do pequeno, do local e do autoral,
no manejo do corpo com as ferramentas e os materiais,
no aprendizado com o erro, a repetição e o tempo do fazer,
no contato com a natureza e nossas raízes artesãs.

É no “fazendo” que nos colocamos
corajosamente em atrito com o nosso fazer;
é no “fazendo” que transformamos
as coisas, a nós mesmos e o mundo para,
aos poucos,
reacender a sabedoria que está dentro de nós,
de cada um de nós,
de nossa ancestralidade e
do que queremos criar com sentido neste mundo.

Por um mundo feito à mão, um mundo feito por nós!