A Revolução Artesanal é um movimento que incentiva e difunde a cultura do fazer manual, da conexão com o presente, da consciência sobre aquilo que produzimos e consumimos.
É um convite para valorizar todo o caminho percorrido em um projeto, não só apenas o destino final, o resultado.
Com uma nova edição do Festival do Fazer se aproximando, queremos aproveitar a oportunidade para mostrar um pouco mais sobre a história da Revolução Artesanal e sobre as mudanças que ajudam no desenvolvimento constante dessa iniciativa.
Como nasceu (e cresceu) a Revolução Artesanal?
A Revolução Artesanal nasceu no final de 2016, trazendo a proposta de reunir pessoas por meio de oficinas do fazer manual.
Com a ideia de encorajar a produção artesanal, valorizando os diversos fazedores — marceneiros, costureiros, cozinheiros, sapateiros — artistas e artesãos de diferentes áreas e incentivando a autoconsciência em todas as atividades manuais, foi criado um manifesto e no início de 2017: o primeiro Festival do Fazer.
A primeira edição do Festival aconteceu em São Paulo, teve sete dias e contou com poucos parceiros. Foram várias oficinas, porém o número de participantes ainda era pequeno.
Apesar disto, o feedback e as impressões do festival foram importantes e motivou os idealizadores a continuarem com o projeto.
Nesse contexto, o blog da Revolução Artesanal surge como uma ferramenta para se comunicar e interagir com esse público.
Além de apresentar informações sobre o movimento, o blog é um espaço que procura oferecer conteúdos relacionados ao fazer manual e desenvolvimento pessoal e também com o olhar para a transformação social possível.
No final de outubro do mesmo ano, foi realizada a segunda edição, com a colaboração de um parceiro em marketing digital. O número de parcerias (e participantes) aumentou e as atividades se concentraram em um intervalo menor de tempo: foram quatro dias de evento em três locais diferentes de São Paulo.
Nas mais de quinze oficinas, foram reunidos interessados em aprender e trocar conhecimentos sobre estamparia, xilogravura, tecelagem, cosmética, design e muito mais.
Com esse segundo evento, as pessoas começaram a entender que estavam não somente participando do movimento como também sustentando e cocriando a cultura do fazer manual.
A revolução é uma transformação individual, coletiva e social, e essa ideia começou a se fortalecer.
Reestruturando o processo, mas sem perder a essência
Em 2018, existiu a necessidade de reestruturar tanto o festival quanto as estratégias de comunicação e divulgação, articulando muitos parceiros, porém com um propósito mais direcionado.
Em maio de 2018, aconteceu a terceira edição do Festival. O número de oficinas cresceu — dessa vez, foram mais de 20 — e elas foram distribuídas em quatro dias de evento.
Além disso, a quantidade de inscrições quase dobrou em relação ao evento anterior. Alguns meses depois, surgiu a primeira edição do mini-festival: um dia de oficinas em dois locais diferentes.
Além do festival surgem outras ações, como:
- Caminho do Autor, encontros presenciais focados no autoconhecimento e troca de histórias, mediados por um tipo de fazer manual;
- Dia do fazer manual, um momento para colocar em prática uma ideia no Estúdio In Totum.
- Programa on line – Por um mundo feito a mão, bate-papo com convidados e convidadas, debatendo sobre diferentes assuntos e publicados em vídeo.
O fazer manual e o ser humano: a base da revolução
Desde o início de tudo, o mais importante sempre foi a ideia do processo, pois, no caminhar do processo, tem-se a construção do ser humano.
O processo manual é rico e transformador para as pessoas, que fazem delas autoras do seu jeito de fazer. É um convite para o autoconhecimento e conexão interior. A experiência da criação manual é uma oportunidade para viver, de forma consciente, o momento presente, aproveitando cada etapa da jornada, e não só o resultado final. Permitindo-se experimentar sem a pressão de acertar sempre, amenizando estresse e ansiedade e vivenciando momentos de prazer e bem-estar.
Além dos elementos individuais, a revolução também procura incentivar o senso social e de comunidade — com a troca de conhecimentos, partilha de experiências, rodas de conversas etc. — bem como a conexão com todo o planeta e os seres que nele habitam.
Festival do Fazer 2019: o que está por vir?
Em 2019, mais uma edição do Festival do Fazer está sendo preparada. Um único local irá hospedar os dois dias de festival, que acontecerá em 7 e 8 de junho.
É uma grande casa do fazer manual que irá para o mundo novamente com o propósito de “um mundo feito a mão”, contando com a potência de diversas parcerias.
Conheça o novo Festival do Fazer que vem por aí e participe deste mundo feito à mão! Ah, e que tal conferir quais foram as impressões e sensações da terceira edição?