Saiba como foi o Festival do Fazer – um mundo feito à mão!

Com o título “Festival do fazer: um mundo feito à mão”, a 4ª edição do Festival do Fazer aconteceu nos dias 7 e 8 de junho de 2019, em São Paulo, no espaço da Unibes Cultural.

Em uma grande casa celebramos o fazer manual! Momentos de muitas experiências, criações e entregas neste universo de um mundo feito à mão que marcaram a vida de muitas pessoas.

Cada edição constrói momentos únicos, individuais e coletivos, relacionados ao fazer manual e à consciência de viver o presente. 

Que tal descobrir um pouquinho do que aconteceu neste evento?

O que aconteceu na 4ª edição do Festival do Fazer

Oficinas, rodas de conversa, atrações artísticas e musicais, vivências criativas e expositores: tudo isso fez parte da experiência de cerca de 700 pessoas que transitaram pelo Festival nos dois dias. 

Oficinas do fazer

Nesta edição do Festival, foram realizadas 16 oficinas, que abordaram diferentes fazeres manuais, como artigos utilitários com resíduos de couro, criação de luminárias, modelagem em argila, tear circular, marcenaria e muito mais.

Além das inscrições diretas para as oficinas, o evento também contou com ingressos obtidos como recompensa do financiamento coletivo criado para o festival. Ao todo, mais de 100 pessoas participaram e vivenciaram a proposta das oficinas. 

Rodas de conversa 

As rodas de conversa são uma outra atração do Festival espaços gratuitos para discutir temas, trocar ideias e estimular a ampliação de perspectivas com a participação do público.

Foram três rodas de conversas conduzidas pela Revolução Artesanal com participação de convidados: 

  • Economia criativa feita à mão: relação entre mercado e criadores.
  • O futuro é feito à mão: aprendizagens e experiências presentes que definem o futuro.
  • A sociedade se transforma: novas relações que nascem com propostas de mudar modelos e padrões.

Também foram oferecidas rodas conduzidas por parceiros:

  • O lixo nosso de cada dia: temas de descarte e sustentabilidade.
  • Tempo, tecelão do fazer: percepções sobre o tempo em relação às suas práticas.
  • A observação como ativismo delicado: exercícios de observação ativa e seu impacto nas vivências.
  • Laboratório Essencial

Vivências

Outro espaço criado no evento foram as vivências oferecidas por parceiros do fazer manual. Tricô de braço, crochê, tricô para homens, jogos, bancada de carimbos, livepaint era só chegar e fazer junto com todos que ali estavam.

Expositores

Contemplando feira de arte, design, artesanato e alimentação, os 20 expositores tiveram a oportunidade de apresentar suas criações para o público. Essa edição foi a primeira que contou com a experiência de vendas no Festival.

A proposta do Festival foi de aproximar os expositores do público, incentivando-os a contar suas histórias e compartilhar seus processos de criação.

Assim, quem vende e quem compra podem se conectar, trocar experiências e criar uma relação que vai além da aquisição de um produto.

O que foi vivenciado no Festival: satisfação e abundância

O “Festival do Fazer: um mundo feito à mão” foi um chamado para viver uma experiência, para estar junto.

Foi criado um ambiente leve e alinhado com a proposta da Revolução Artesanal, de experimentar, construir, conscientizar-se e dar vida a este universo feito à mão com um olhar de abundância.

A curadoria e a programação foram criadas com o cuidado de integrar pessoas de diferentes habilidades, conhecimentos, regiões e realidades socioeconômicas.

Assim, todos viveram neste mundo feito à mão do começo ao fim, de uma prática de oficina a um momento de alimentação.

Como disse um dos participantes do Festival, em um depoimento: “Desde o clima geral, até a relação com os demais envolvidos e as conversas e conexões surgidas, foi tudo muito rico”.

Ativar e relembrar o poder de cocriação individual e coletivo para construirmos o mundo no qual queremos viver é uma das maiores intenções desse Festival.

E isso é vivenciado e percebido durante as atividades. Um participante disse: “Acredito muito na construção desta nova realidade. E, com tantos talentos assim, esse caminho fica mais evidente e mais luminoso”.

Por isso, a Revolução Artesanal está com o coração cheio de alegria com mais essa edição e só tem a agradecer! Que tal sentir e descobrir ainda mais o que o Festival proporcionou? Confira a galeria de fotos do evento!

ARTESANAL - MANIFESTO

As mãos como ponte dos afetos de dentro para fora
dão forma ao pensamento, à singular expressão.

O artesanal mobiliza o que há de mais humano em nós:
imaginar, criar e fazer,
dar sentido às emoções, memórias, relações,
dar formas, cores, sabores, funções,
dar movimento e beleza.

Nosso ativismo artesanal acontece no “fazendo”:
no olhar sobre e para o mundo,
na escolha de como consumimos e ocupamos o mundo,
na valorização do pequeno, do local e do autoral,
no manejo do corpo com as ferramentas e os materiais,
no aprendizado com o erro, a repetição e o tempo do fazer,
no contato com a natureza e nossas raízes artesãs.

É no “fazendo” que nos colocamos
corajosamente em atrito com o nosso fazer;
é no “fazendo” que transformamos
as coisas, a nós mesmos e o mundo para,
aos poucos,
reacender a sabedoria que está dentro de nós,
de cada um de nós,
de nossa ancestralidade e
do que queremos criar com sentido neste mundo.

Por um mundo feito à mão, um mundo feito por nós!