Tudo pronto! Espaços organizados, comidinhas selecionadas, materiais disponíveis… sonhos a caminho da realização.
E o Festival vai acontecer…
Após meses de preparo, o dia 25 de outubro chegou e assim abrimos a segunda edição do Festival do Fazer com muita alegria.
Uma iniciativa simples, poderosa, cheia de sentido e significados.
O manifesto da Revolução Artesanal, diz da busca de nossa capacidade humana de transformar e dar forma a partir do envolvimento e relacionamento com a matéria e no processo para que isso aconteça.
Diz de incentivar a capacidade do fazer manual e artesanal, em pequena escala, local, com cuidado e autoria.
O Festival do Fazer é o momento de nos aproximarmos de gente que faz, em um processo coletivo e ao mesmo tempo único para cada um.
Um encontro de pessoas que vão se conhecendo, que vão imprimindo a sua marca, o seu jeito de ser no mundo, traduzindo o seu processo de formação em formas lúdicas e únicas.
As Oficinas do Fazer Manual
Únicas foram as oficinas e as pessoas que por lá passaram.
Únicos foram os desenho sobre a água e os papeis marmorizados, as tábuas escavadas e impressas pelas xilogravadas, os tecidos que imprimiram a natureza e os alinhavados do shibori tingidos com o azul do índigo vegetal.
Foram únicos os colares produzidos na feltragem, a partir da pura lã de carneiro cheia de cores. Dos barbantes, os nós se fizeram e painéis a dois tons surgiram no macramê.
Dentro dos potes de vidro, as suculentas cheias de água se transformaram em mini jardins, assim os terrários nasceram das mãos cuidadosas daquelas mulheres.
Para cuidar de nossas casas, a faxina ecológica nos ensinou a fazer produtos de limpeza de base natural com receitas simples e leves para o meio ambiente.
Manteigas, ceras, óleos vegetais e essenciais – matérias-primas naturais e veganas – foi daí que saíram os produtos de cosmética, para cuidar de nossa beleza corporal.
Carimbos de borracha, máscaras do estêncil, deixaram impressas marcas do nosso eu em papeis e em tecidos. Na marcenaria, construímos caixas e casas para os passarinhos habitarem.
Do crochê pequenos amigurumis nasceram, dos teares, mini tapeçarias se tramaram. Dos cadernos à escrita afetiva criamos um caminho para nossos registros.
Fechamos o festival ao som de “Aurora” que ilumina a luz da manhã e nos ilumina para outros dias que virão.
Valeu!
Foram únicos os olhos, as mãos, as pessoas. Foram únicas as trocas e as possibilidades, os brilhos e as realizações.
A sensação de fazer algo com as mãos, de se colocar no mundo, de ser autor de seu próprio processo de conhecer a matéria, o caminhar, e a si mesmo.
No que saiu como resultado de cada oficina, vimos não só um produto, mas um ser humano cheio de si, acreditando na sua capacidade de criar e fazer.
Oficinas de pura alquimia entre Oficineiros, Participantes e os Espaços em que fomos acolhidos. Agradecemos cada um por este encontro e a todos que nos apoiaram.
Foram únicos os quatro dias que passamos dando vida ao fazer manual em uma Revolução Artesanal. Muito nos orgulha ver este movimento no mundo, deixando o convite para que cada um se conheça pelo processo do fazer manual.
Saímos deste festival nos conhecendo um pouco mais, fazendo parte deste movimento que deseja fazer deste mundo, um mundo bom para todos.
Ficamos com a lembrança do brilho nos olhos e o maravilhamento que muitos mostraram ao sair das oficinas.
Seguimos felizes e revolucionando o que há de mais sagrado, nós mesmos. Seguimos acreditando neste mundo feito à mão, na essência do “ser” humano.
Estamos por aqui para fazer, conversar, trocar e juntos celebrarmos a vida. Logo traremos notícias do que está por vir.
Vivamos um MUNDO FEITO À MÃO por todos nós.
Texto por Ciça Costa, com Bruno e Janaína na organização do todo.
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